Quem escolhe o layout? Navegando entre preferências do cliente e decisões técnicas
- Gleice Gonçalves

- 30 de out.
- 2 min de leitura
Todo bom projeto começa com escuta. O cliente chega cheio de ideias, referências e desejos, e isso é ótimo. Mas o papel do profissional é traduzir tudo isso em soluções possíveis, funcionais e bem resolvidas. Às vezes, o desafio está justamente em equilibrar a expectativa com o que o espaço realmente comporta.

Entender o porquê do pedido
Quando o cliente sugere algo que não funciona bem na planta, vale investigar o que está por trás da escolha. Um layout com ilha no meio da cozinha pode vir do desejo por mais interação. Uma cama centralizada pode ser sobre sensação de simetria. Ao entender o que aquela escolha representa, fica mais fácil propor alternativas que entreguem o mesmo resultado emocional, sem comprometer a circulação ou o uso do espaço.
A técnica como aliada da experiência
Não se trata de dizer “isso não dá”. A ideia é mostrar, com clareza, por que certas decisões podem não funcionar. E mais: apresentar outras possibilidades viáveis, bonitas e coerentes com o estilo de vida do cliente. Quando há repertório, argumentos e empatia, o processo se torna colaborativo, e não impositivo.
Confiança é construída no caminho
A forma como essas decisões são comunicadas faz diferença. O cliente precisa sentir que suas ideias foram consideradas e que o projeto é uma construção conjunta. Quando essa confiança se estabelece, os ajustes deixam de ser recusas e passam a ser acordos naturais entre desejo e viabilidade.



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