Do jeito de viver ao espaço criado: Projetos que partem da essência
- Gleice Gonçalves
- 17 de jul.
- 2 min de leitura
Nem só de estética vive um bom projeto de interiores. Por trás de cada escolha, do layout ao mobiliário, da iluminação ao uso de materiais, existe algo mais profundo: a tentativa de traduzir o estilo de vida de quem vai habitar aquele espaço. Projetar, antes de tudo, é escutar. Para quem está começando a trabalhar com interiores, entender que o projeto vai além da planta técnica é essencial. É preciso observar, fazer boas perguntas, compreender hábitos e rotinas. Só assim é possível propor soluções que realmente façam sentido para o dia a dia do cliente.

O espaço como extensão de quem vive nele
Cada pessoa ou família carrega uma dinâmica única, e os ambientes precisam responder a isso. Há quem goste de cozinhar e queira integrar a cozinha à sala. Outros preferem mais privacidade. Alguns trabalham em casa e precisam de um espaço flexível que funcione como escritório. Cada detalhe importa.
No projeto da casa Alumínio, por exemplo, traduzimos a rotina e o gosto dos moradores em uma linguagem acolhedora e rústica, com inspiração no estilo farmhouse. A escolha por acabamentos naturais, texturas rústicas e elementos que remetem à vida no campo partiu de conversas, referências e vivências compartilhadas com os clientes. A estética não foi o ponto de partida, mas uma consequência das necessidades e histórias deles
Personalização como caminho
Projetar com propósito exige sair do automático. Muitas vezes, o cliente chega com imagens de referência, mas é papel do designer ir além e entender o porquê daquela imagem o atrai. O que aquela paleta representa? O que aquele layout sugere sobre sua rotina? Quando o projeto é pensado a partir do modo de viver, ele deixa de ser apenas bonito. Ele passa a ser confortável, fluido e verdadeiro. E isso vale tanto para uma casa inteira quanto para um único cômodo.
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