O impacto do Feng Shui na arquitetura contemporânea
- Daiane Kaczan
- 5 de mai.
- 3 min de leitura
Muito mais do que uma prática mística, o Feng Shui é uma ferramenta poderosa de harmonização dos ambientes. Quando integrado ao olhar técnico da arquitetura e do design contemporâneo, ele amplia o propósito do projeto: além de bonito e funcional, um espaço passa a conectar, energizar e equilibrar.
Se você é designer de interiores e busca entregar projetos que vão além da estética, entender os princípios do Feng Shui pode ser o seu diferencial. Vamos explorar como isso se aplica na prática?

Fluxo de energia: a base de um espaço saudável
No Feng Shui, a circulação de energia (ou chi) deve fluir com leveza pelos ambientes. Um bloqueio — seja um móvel mal posicionado, seja uma planta obstruída — pode interferir diretamente no bem-estar.
Observe o caminho natural de quem entra no ambiente. Evite colocar obstáculos visuais ou físicos logo na entrada. Cuidar da fluidez espacial é cuidar da energia que chega.
Posição de comando: o poder da localização estratégica
A “posição de comando” é uma regra essencial. Ela dita que camas, mesas e sofás devem estar voltados para a porta, sem estarem diretamente em linha com ela. Isso garante uma sensação de segurança e controle.
Na hora de definir a posição da cama ou da mesa de trabalho, certifique-se de que a pessoa veja a porta ao entrar, sem estar de costas para ela. Isso impacta diretamente a percepção de conforto e proteção.
Cores e elementos: a paleta com intenção
O Feng Shui trabalha com os cinco elementos — água, madeira, fogo, terra e metal — e cada um está ligado a emoções, funções e cores específicas. Incorporar isso no projeto pode potencializar experiências.
Quer trazer mais produtividade a um home office? Aposte no elemento metal (tons de branco, cinza, estruturas metálicas). Deseja acolhimento na sala? Use o elemento terra (tons terrosos, cerâmicas, texturas naturais).
Espelhos: aliados ou sabotadores de energia
Espelhos são poderosos no Feng Shui: ampliam, duplicam e refletem energia. Mas precisam ser usados com intenção.
Nunca posicione um espelho refletindo diretamente a porta de entrada — isso pode “expulsar” o chi. Use-os para ampliar luz natural, duplicar vistas agradáveis ou trazer mais profundidade, mas com estratégia.
Plantas: vida, purificação e movimento
Plantas naturais são consideradas condutoras de energia vital. Além de purificarem o ar, elas ativam áreas “mortas” do espaço.
Utilize plantas de folhas arredondadas e saudáveis em cantos pouco movimentados, como corredores ou áreas de transição. Evite plantas espinhosas em locais de descanso ou convivência.
A importância da entrada: a boca da energia
A entrada principal é um dos pontos mais importantes no Feng Shui. Ela representa a forma como a energia (e oportunidades) entram na vida das pessoas.
Mantenha a entrada limpa, com boa iluminação e livre de obstruções. Um tapete bonito, uma planta bem posicionada e uma porta bem cuidada já fazem toda a diferença.
Conclusão: estética com propósito transforma
Integrar princípios do Feng Shui aos projetos não significa abrir mão da estética contemporânea — significa ampliar a função do espaço para além do visual. Você não está apenas desenhando ambientes: está criando experiências, emoções, conexões.
Cada decisão de layout, cor, material ou posicionamento pode impactar profundamente o cotidiano de quem vai viver ali.
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